A Perda da Fé
A visão mais turva, suja
Deixa que eu mesmo piso na uva
Sei que irá curar o desalento
Muito mais fácil deixar cair, dos olhos, uma chuva
Cansei de levantar, para o céu, as mãos
Engasgo com o medo, ébrio e hipocondria
Supre a dor com o comprimento de um comprimido comprido
Levanta e não cai de joelhos ao chão
Dizem que um Deus te ama
O resto do mundo não
Todos os elos dessa corrente
Foram tomados pela ferrugem
Águas só me molham, aos outros, ungem
Palavras incertas, ditos incoerentes
Com os nossos cabelos ao vento
Que acabam levando a vida
Uma partida fez-se momento
Para um lugar bom será sempre bem vinda
Como sabemos dos nossos erros
Como fingimos indiferença
Como negamos todos os zelos
Como sofremos com nossas crenças
Dedão nas orelhas, mãos espalmadas e línguas a mostra
Armado o circo, chamamos os santos
Com olhos cegos, soltem seus prantos
Eu perdi a fé, quero uma forra.
Cumplicidade & Humildade
" Se não for para me fazer voar bem alto... Nem tire meus pés do chão..."
Seguidores
Não tenho a pretensão de que todas as pessoas que gosto, gostem de mim...
Nem que eu faça a falta que elas me fazem...
O importante pra mim é saber que eu em algum momento fui insubstituível...
E que esse momento será inesquecível...
domingo, 28 de agosto de 2011
um moinho
Um Moinho
A travessia é dura
Dias de chuva, noite de frio
Dias bem quentes, noites sombrias
Nesse caminho confuso
Nessa estrada sem placas
Entre o reto e o obtuso
Todos afogam suas mágoas
Com a bota furada
Pisando em barro ou em pedra
Pronto em pé ou na queda
Tiro o melhor na caminhada
Se encontro uma rocha grande
Serve para descansar
Se encontro um mar
Sou filho de navegante
Se a fome quiser ser minha sombra
Como um pedaço de pão
Se não saciá-la
Posso matar um leão
Tudo posso e tenho
Se a força não me faltar
Como um moinho de água
Que mesmo se o poço secar
Usa o vento pra roda......
Nunca parar de girar.
A travessia é dura
Dias de chuva, noite de frio
Dias bem quentes, noites sombrias
Nesse caminho confuso
Nessa estrada sem placas
Entre o reto e o obtuso
Todos afogam suas mágoas
Com a bota furada
Pisando em barro ou em pedra
Pronto em pé ou na queda
Tiro o melhor na caminhada
Se encontro uma rocha grande
Serve para descansar
Se encontro um mar
Sou filho de navegante
Se a fome quiser ser minha sombra
Como um pedaço de pão
Se não saciá-la
Posso matar um leão
Tudo posso e tenho
Se a força não me faltar
Como um moinho de água
Que mesmo se o poço secar
Usa o vento pra roda......
Nunca parar de girar.
O oásis de cada dia
O oásis de cada dia
Deseje-me sorte em voz alta
É como carregar o embuste no colo
Cegue-me com areia nos olhos
Envenene-me coma saliva mais farta
Consigo a solidão de um espinho
Tenho a companhia de uma flor
Sou seu brinquedo de menino
Esquecido em qualquer gaveta
Com uma etiqueta, escrito “dor”.
Lua e estrela, combinação astral.
Brilho e beleza, só falta você.
No espelho d’água, trilogia perfeita
Tudo absolutamente normal
É a delicadeza que constrói você, seu quebra cabeça
É a pureza que circula por dentro
Na certeza de estar certa na seta que acerta o alvo
Tudo no seu devido momento
Agora vou indo com seus votos e coragem
Embriagado de otimismo e muita energia
Em uma vida que passa a minha frente como uma miragem
Buscando o oásis nosso de cada dia
Deseje-me sorte em voz alta
É como carregar o embuste no colo
Cegue-me com areia nos olhos
Envenene-me coma saliva mais farta
Consigo a solidão de um espinho
Tenho a companhia de uma flor
Sou seu brinquedo de menino
Esquecido em qualquer gaveta
Com uma etiqueta, escrito “dor”.
Lua e estrela, combinação astral.
Brilho e beleza, só falta você.
No espelho d’água, trilogia perfeita
Tudo absolutamente normal
É a delicadeza que constrói você, seu quebra cabeça
É a pureza que circula por dentro
Na certeza de estar certa na seta que acerta o alvo
Tudo no seu devido momento
Agora vou indo com seus votos e coragem
Embriagado de otimismo e muita energia
Em uma vida que passa a minha frente como uma miragem
Buscando o oásis nosso de cada dia
resgate
RESGATE
Resgato minha vida a cada letra que escrevo
Bela nostalgia, linda poesia
Um coração e seu adereço
Mergulho em sonhos, romantismo, cárcere
Me abstenho, choro, obedeço
Na ponta da língua estão os amores
No resto da boca, as paixões
Conjugo verbos de pura magia
Agarro as orgias e largo orações
Transmito uma calma por onde transito
Nas palavras que escrevo confio no meu taco
E admito no entanto que gosto desse conflito
Grito não a melancolia e seja bem vindo ao Baco
No final das horas escrevi várias linhas
Levantei castelos de imaginação
Concedi ao inferno a minha presença
E ao firmamento entreguei minhas mãos.
Resgato minha vida a cada letra que escrevo
Bela nostalgia, linda poesia
Um coração e seu adereço
Mergulho em sonhos, romantismo, cárcere
Me abstenho, choro, obedeço
Na ponta da língua estão os amores
No resto da boca, as paixões
Conjugo verbos de pura magia
Agarro as orgias e largo orações
Transmito uma calma por onde transito
Nas palavras que escrevo confio no meu taco
E admito no entanto que gosto desse conflito
Grito não a melancolia e seja bem vindo ao Baco
No final das horas escrevi várias linhas
Levantei castelos de imaginação
Concedi ao inferno a minha presença
E ao firmamento entreguei minhas mãos.
domingo, 10 de abril de 2011
prazer ardente
Prazer ardente
Fecho as portas da noite,
Brecha em aberto imperceptível,
Pensamentos, armadilhas, precipícios.
Fecho os olhos, mergulho no sonho.
Tuas mãos, estúpido vazio.
Meu infinito, minha resistência.
Atravesso o tempo, rua do prazer.
Escorrega minha coragem,
A recordar beijos inocentes.
Desespero, meu limite,
Sem paciência grito: sou gente!
Sou mulher, estou viva.
Vem!
Dá-me esse prazer ardente!
Ana Maria Marya
Fecho as portas da noite,
Brecha em aberto imperceptível,
Pensamentos, armadilhas, precipícios.
Fecho os olhos, mergulho no sonho.
Tuas mãos, estúpido vazio.
Meu infinito, minha resistência.
Atravesso o tempo, rua do prazer.
Escorrega minha coragem,
A recordar beijos inocentes.
Desespero, meu limite,
Sem paciência grito: sou gente!
Sou mulher, estou viva.
Vem!
Dá-me esse prazer ardente!
Ana Maria Marya
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